As não-resoluções de ano bom


Coisa mais antiga essa de chamar o ano que muda no calendário de "ano bom". Mas é bem assim que ele está gravado na minha memória: ué, se é novo, se temos tantos fogos de artifício, se quase nos matamos pra chegar à praia e molhar os pés, se dá para recomeçar, então tem que ser bom.

Eu não acredito muito em recomeço, mas em algumas mudanças pequenas que fazemos todos os dias e que ao final de um ciclo podem ser contadas como algo que foi realizado. Este ano realizei uma montanha de pequenas coisas que deram um resultado gostoso.

A melhor coisa de todas é que me acostumei com esta mega cidade que vivo, e passei a tirar algum proveito dela. Aprendi a sair sozinha e a ir ao cinema à toa sem consultar a programação (afinal, os nomes de diretores não me dizem muito... mal consigo me lembrar do nome dos filmes). Eu não fiquei solitária na megalópole como imaginei que fosse ser depois de alguns anos. SP é completamente receptiva aos imigrantes, e quase todos que conheci são exatamente como eu: viajantes. Alguns estão tentando achar parada. Outros, como eu, estão se dando ainda outra chance de se saber quem é.

Primeira e única resolução: depois deste trabalho todo, já não vejo a hora de recomeçar minha viagem e partir.

"Mas o que é trair? Trair é sair da ordem. E Sabina não conhece nada mais belo
que sair da ordem e partir para o desconhecido." (M. K.)

2 comentários:

Anônimo disse...

Que seu ano bom seja ótimo!!! ;)
Bjo!

Rafael Calvin disse...

quantos posts maravilhosos! vejo que vc de férias está mais voltada ao blog.
Adorei.
Bjos
Calvin

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