Eu sempre morei do lado da pista. Talvez seja por isso que tenho tanta vontade sair do lugar onde estou, sempre.
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Eu gostava de literatura fantástica. Os autores inventando estradas imensas onde passeavam seus personagens mais estranhos. Sempre indo embora.
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Ave Maria cheia de graça, o senhor é convosco. Ave Maria cheia de graça....AVE! A garota solta o terço na cadeira, abre a pesada porta de madeira, e sai. Sente o sol amarelo fraco, e apressa o passo. Chega num trote em casa. Ué, filha,acabou o catecismo? Acabou, mãe, de vez.
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Mas, você não tem medo de ir pra esta cidade que nunca viu? Não, eu tenho medo de ficar onde sempre estive.
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O trabalho era monótono, cheio de dias imensos. Ao meu lado, uma piscina azul tomava o pátio. Da minha janela, podia ver o limpador de piscinas, e invejava seu trabalho no sol, brincando com água. A cada dois minutos minha imaginação fugia da tela do computador, e ficava azul.
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Ficar bem onde estou. Ficar bem em mim. Saber quem eu sou. Tantas tarefas...bom mesmo seria pegar um ônibus para o Chile.
1 comentários:
Tambem abandonei o catecismo. Nem voltei pra trancar a matrícula.
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