Eu não tenho muitas amigas mulheres, e os homens não costumam reclamar de traição. Então poucas vezes tive contato com este universo, que realmente me parece ser de um drama ímpar.
Eu fui sim, traída. O engraçado é que digo na maior naturalidade: eu nem sei o que é isso. Falei da minha péssima memória no post passado, mas não é este o caso. É que a traição nos casos que as vivi foi tão justificável, que hoje olhando até acho graça, ou até acho romântico e bonito. Nenhuma foi sacanagem, nenhuma foi boba. Foram traições justificáveis e esperadas.
Uma vez, depois de tantos anos juntos, nos separamos alguns mil quilômetros. A distância mata o amor: faz falta o estar perto. Os olhos fazem falta. Eu sabia e esperamos ambos pelo fim. Ele veio de uma forma poética, densa, bonita e fria das montanhas de Minas. Tinha nome de música do Jobim, tinha cartas jogadas no chão, tinha choro, tinha amor, tinha música e tinha uma nova paixão. Justa. Bonita. Verdadeira. Segui meu caminho em paz.
O outro era drama de novela. Tinha uma relação que nunca acabava, mesmo já estando acabada mil vezes. E teve uma aluna minha, bonita e inteligente, que apresentei ao namorado. Ela me adorava. E adorou ele também. Era excelente, curiosa, alegre. Já no colo dele, foi tapa pra tudo que é lado. Mexicano. Novelesco. Fizemos as pazes em seguida, pois o casal realmente era ótimo junto. Enfim, meu problema agora era dela.
Conheço pessoas que já sofreram demais por traição. Por isso, não consigo achar sempre romântica. Respeito é bom. Respeitar o outro e a sua própria vontade também. Quer trair, some. Ser solteiro é bom, mas ser bem casado também.
"Trair é partir para o desconhecido." - M. K.
Postado por
Mada
on 14 julho, 2009
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2 comentários:
Sem comentários!!
Sempre ótima!
Bjs
Gostei! Já pensei que vc não acreditasse no bem casado!! rs
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